Estudos recentes e preliminares desenvolvidos pela Faculdade de Química da PUCRS demonstram que altas concentrações de resveratrol - molécula orgânica encontrada no vinho - também podem ser identificadas nos sucos de uva ecológicos. A molécula é responsável pela prevenção de doenças como a arteriosclerose, o câncer e complicações do coração. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor André Souto, as amostras analisadas demonstram que esse tipo de suco apresenta maiores teores de resveratrol do que os comerciais.
Souto explica que a diferença pode ser atribuída ao processo de fabricação do suco e ao tipo de cultivo da uva. Na preparação dos sucos comerciais, por exemplo, emprega-se o aquecimento direto, já no ecológico o vapor é utilizado para evitar a degradação do fruto da videira. Além disso, no cultivo da uva ecológica não são aplicados defensivos agrícolas.
As videiras da espécie Vitis vinifera parecem apresentar uma concentração maior do composto. Os vinhos e sucos produzidos a partir das variedades tintas apresentam concentrações relativamente elevadas, enquanto vinhos rosados e brancos mostram teores mais baixos. O próximo passo será investigar os motivos da alta concentração da molécula nos sucos ecológicos. A idéia é coletar amostras em várias regiões do Estado para comprovar a hipótese de que esses sucos contêm mais resveratrol do que o vinho.
Conforme o biólogo, a vantagem é que as pessoas proibidas de consumir álcool teriam a opção de encontrar o composto em sucos de uva. "No futuro, a indústria farmacêutica poderá utilizar o resveratrol como matéria-prima para desenvolver medicamentos", conclui. A pesquisa teve o apoio da Fapergs e contou com a participação dos bolsistas do curso de Farmácia Alessandro Jäger e Renata Terra.
Fonte: PUCRS
A uva vermelha e seus benefícios
A videira (vitis, da familia das vitáceas), trepadeira originária da região mediterrânea e do norte da Ásia, é cultivada desde os tempos mais remotos.
Seus frutos – as uvas – constituem excelente alimento de delicioso paladar, sendo consumida fresca, seca (sob a forma de passas), ou em suco, além de ser usada no preparo de vinhos e bebidas alcoólicas (conhaque, licores).
A maior parcela da produção mundial destina-se ao fabrico de vinhos. Suas folhas e frutos contém ácido tartárico, bitartarato de potássio, quercitina, tanino, amilo, ácido málico, inosita, açúcar e cremor tártaro.
Em estudos feitos na Universidade de Harvard nos Estados Unidos, descobriu-se que tomar meia taça de vinho tinto por dia, pode prevenir doenças do coração. Contudo não é o vinho tinto em si que faz bem, e, sim, os flavonóides (pigmentos encontrados na casca vermelha da uva vermelha).
Os flavonóides aumentam as taxas de colesterol bom, o HDL, e ajudam a inibir a produção de substancias responsáveis pelo enrijecimento das artérias. Se tomarmos um copo de suco de uva vermelha, também teremos o mesmo benefício de meia taça de vinho, com a vantagem do suco não ser alcoólico.
Recentemente, foi constatado mais um benefício dessa fruta: suas sementes contêm um composto – chamado polifenol – eficaz para manter a pele jovem. As sementes passaram a servir de matéria prima para cremes e loções.
O uso tradicional e o recomendado pelas recentes descobertas científicas mostram a importância da uva para nossa vida diária.
Maria Lúcia S. Rodrigues – Grupo Samambaia
Fonte: Clube Paulista de Jardinagem
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