
É assim que deve ser :
Você leva a primeira garfada à boca e começa a mastigar. Mastigando, dá a partida à digestão. A salivação avisa o pâncreas, os intestinos e o fígado que vai começar a festa e está na hora de produzir enzimas digestivas, necessárias para transformar a comida em músculos, ossos, combustível, estoque de energia... É também a salivação que acelera os movimentos do esôfago e estômago, preparando esses órgãos para fazer seu serviço, ou seja, triturar o alimento no ponto certo para ser assimilado pelo intestino e daí enviado para o sangue que faz o delivery para as células, garantindo a sua vitalidade, força e bom humor.
mas, dá uma preguiça...
Duas ou três mastigadinhas rápidas e a gente engole – afinal, tem tanta coisa melhor para fazer do que ficar mastigando. E tanta comida boa nos seduzindo nas travessas do bufê do quilo, nos outdoors, nos intervalos comerciais na televisão, que não dá para se dedicar demais a cada bocado... Se a comida chega ao intestino mal digerida, acaba, em grande parte, descendo descarga abaixo, deixando quase nada de energia no seu corpo. Isso sem falar dos efeitos desagradáveis de uma digestão incompleta – arrotos, gases, barrigão... Se você não “perde tempo” mastigando a comida mais dura, imagine se vai investir em triturar pão, massa, arroz, biscoito e toda a turma dos carboidratos refinados, alimentos mais moles. Pois justamente ele, o carboidrato, merece ser muito bem amassadinho porque sua digestão depende muito da saliva e acontece quase inteiramente na boca. Se descer mal mastigado, os carboidratos viram banquete para as bactérias que habitam o intestino, criando um estado de fermentação no ambiente, dilatando as alças intestinais e produzindo estufamento e gases, muitos gases. A digestão de verduras, frutas e legumes também exige o empenho dos dentes. É que vitaminas e minerais, o ouro dos vegetais, só são absorvidos se você quebrar a parede de celulose que reveste a célula vegetal. Sabe como? Mastigando.
Fonte:Boa Forma