junho 25, 2008

Como escolher panelas

Panela velha é que faz comida boa? Se for de ferro sim. Estudos indicam que o mineral liberado durante o cozimento traz benefícios à saúde. E quanto mais antiga, maior a transmissão dele. Mas isso não vale para todas elas. Veja neste manual as vantagens e desvantagens de cada uma das panelas.

Inox: assim como a de pedra sabão, ela também tem a capacidade de distribuir o calor igualmente. Não é indicada para frituras, o óleo pode aquecer demais. Por isso cuidado com o tempo de cocção (cozimento), a comida pode passar do ponto. É mais resistente porque resiste a variações bruscas de temperatura. Ela não libera substâncias tóxicas. Antes de usá-la ferva com água por três ou quatro vezes.

Ferro: estudos mostram que o mineral (ferro) presente nesta panela vai para o alimento e auxilia no combate da anemia. Quanto mais velha, maior a transmissão desse mineral. Além disso, ela não se deforma com o calor e conserva melhor a temperatura, o que garante uma economia de gás. Quando for escolher a sua prefira as com cabo de madeira. Você sabe que elas são pesadas e ficam quentes por muito tempo. É uma peça importante se você gosta de fazer pratos típicos da nossa cozinha, com muitos molhos e peixes.

Ferro fundido: além de ser muito charmosa e vistosa, essa panela versátil pode ser usada em fogões elétricos, a gás, réchauds, churrasqueiras e vários tipos de fornos. Como retém muito calor é sempre bom usar fogo baixo por segurança. Também não a arraste muito no fogão e use utensílios de nylon ou silicone para não estragar o esmalte. Evite choques térmicos. Não use esponjas de aço para limpar e não a deixe secar naturalmente.

Vidro: é uma das mais indicadas pelos especialistas porque não elimina resíduos para os alimentos. Também são ótimas para quem gosta de dosar as quantidades na medida certa, afinal, dá para ver tudinho. Mas cuidado, elas quebram com facilidade. Apesar disso são seguras para uso na máquina de lavar louça.

Esmaltadas - as famosas panelas de ágata possuem a camada de esmalte que impede o desenvolvimento de bactérias. São mais usadas para cozinhar pequenos alimentos, molhos e sopas. Na hora da limpeza não use materiais ásperos e produtos químicos fortes.

Teflon: um estudo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP afirma que o teflon é uma barreira para a passagem de metais prejudiciais à saúde. A presença de politetrafluoretileno, com propriedades antiaderentes, exige o uso de pouco óleo no preparo dos alimentos.

Cerâmica:
deixam a cozinha maravilhosa! O problema é que a pintura interna pode conter óxidos de chumbo e cádmio. Algumas até em grandes quantidades. Por isso preste atenção no selo de qualidade. São indicadas para cozinhar sopa de legumes, creme de abóbora ou grandes cozidos.

Pedra sabão: este tipo de panela tem várias vantagens. Uma delas é cozinhar sem alterar o sabor dos alimentos. Pelo contrário ressalta ainda mais. Também consegue aquecer os ingredientes por igual e dura por muitos anos. Não guarde alimentos nela, nem use para frituras. E quando for colocá-la no fogo, no início sempre use fogo baixo para que ela não rache devido ao choque térmico. Antes de usá-la é indicado fazer um “tratamento” para liberar os teores tóxicos de níquel que ela tem. Isso é simples. Unte a panela com óleo vegetal, coloque água e deixe no forno quente por duas horas. No dia-a-dia limpe bem, pois a superfície é porosa e abriga microorganismos. Ela é ótima para cozinhar moquecas, feijoadas e a comidinha mineira.

Alumínio – apesar de ser prática é preciso alguns cuidados no uso dessa panela. O material pode liberar metais tóxicos, por isso não é indicado você deixar o alimento esfriar dentro dela.

Matéria assinada por:
Juliana Lopes